Foto: Reuters |
Nem a ajuda da filha, tão importante até aqui, será suficiente: no Pan de Guadalajara, em outubro, a atleta disputa sua última prova no skiff, pois a categoria não está no programa dos Jogos de 2012.
Mãe de primeira viagem, Fabiana comemorou a vitória em território esloveno com a filha nos braços. Alice, inclusive, foi determinante para o momento glorioso vivido pela remadora, pois foi após a gestação que a atleta conseguiu mudar de categoria e alcançar seus melhores resultados na carreira. E, além desta participação especial, a criança está acompanhando a mãe pelo mundo todo durante as competições.
"Ainda bem que meu marido também é remador e eu acabo conseguindo que ele e minha filha estejam comigo em treinamentos e competições. A Confederação, inclusive, permite e estimula que eu os leve. No ano passado, passei um mês longe da minha filha e foi horrível", afirmou.
Ter a família por perto pressiona ainda mais a remadora, contudo, ela não parece sentir essa pressão dentro do barco. "Não acho que a ausência deles prejudica o meu desempenho. Mas já que tenho a proximidade, esse contato me estimula ainda mais. E, de dentro do barco, eu sei lidar bem com a pressão", disse.
Despedida do skiff no Pan:
Nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Fabiana Beltrame competirá com a responsabilidade de ter se tornado uma das maiores esperanças do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e da Confederação Brasileira de Remo (CBR).
A atleta sabe que seu desempenho vem animando a entidade e patrocinadores. Sabe também que, daqui para frente, será ainda mais cobrada por conquistas.
"A pressão sempre aumenta depois que se conquista resultados como os que eu consegui. E eu tenho sentido que sou uma aposta da Confederação Brasileira para um ouro no Pan. O presidente autorizou que eu levasse minha família para a Copa do Mundo e para o Mundial. Serve como um incentivo, um algo a mais, uma 'regalia'. E eu sinto, sim, que se eles me dão esse apoio, eu preciso dar algo em troca", disse.
Mesmo que a pressão não tire o foco de Fabiana, outro fator influenciará na sua caminhada rumo à Londres.
Os resultados até aqui serviram para consolidá-la como atleta de ponta do Brasil, no entanto, como índice classificatório, são resultados já descartados: para os Jogos, Fabiana terá que encontrar uma parceira e mudar novamente de categoria.
"Em Londres, terei de disputar o double skiff. Acredito que, conseguindo uma boa parceira, dá para alcançar resultados melhores do que em outras Olimpíadas. Mas não é um processo rápido, pois nem sempre os dois skiffs que andam bem sozinhos vão andar bem juntos. Ainda vai acontecer uma seletiva nacional para ver quem são as melhores e o foco é no Pré-Olímpico, que deve ser em março de 2012", afirmou.
Fonte: Terra
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