segunda-feira, 5 de março de 2012

Documentário "esquenta" revanche entre A. Silva e "vilão" Sonnen

Foto: Edson Lopes Jr./Terra
"Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água numa garrafa ela se torna a garrafa. Água pode fluir ou pode colidir". O pensamento célebre de Bruce Lee tornou-se parte da filosofia do lutador mais talentoso do Ultimate Fighting Championship na atualidade.
 
Protagonista de Anderson Silva: como água, o campeão da categoria dos médios do UFC é retratado na tela do cinema de uma maneira inédita: humana e íntima, como nunca havia sido.
 
Com previsão de lançamento para 16 de março, em 150 salas no País, o documentário foca na preparação de Anderson para o combate contra o americano Chael Sonnen, realizado em 7 de agosto de 2010.
 
Contudo, o cenário não se limita a uma academia de artes marciais mistas: a referência brasileira no esporte mostra faces pouco exploradas, e até ocultadas pelo próprio lutador, como o relacionamento com a mulher e os filhos em casa, ambiente preferido do campeão.
 
Para o duelo contra Chael Sonnen, Anderson Silva pela primeira vez deixou o Brasil para se preparar. No período de três meses em que permaneceu nos Estados Unidos, o "Aranha", como é apelidado dentro do esporte, mostra fraqueza, irritação e um lado triste, pouco comum para quem é acostumado a acompanhá-lo dentro do octógono. E todo o lado negativo se resume simplesmente à saudade dos familiares.
 
O documentário "entra no octógono" justamente no combate em que Anderson Silva enfrentou as maiores críticas da carreira. A vitória sobre o também brasileiro Demian Maia em Abu Dhabi, no dia 10 de abril de 2010, acabou amenizada por conta do comportamento hostil do "Aranha", criticado pelo público (que vaiou o campeão ao receber o anúncio do resultado oficial) e até pelo presidente Dana White, que não escondeu o descontentamento pela postura polêmica.
 
A partir de então, o documentário incorpora ao leigo sobre o assunto todo o contexto que tornou o combate um dos mais aguardados dos últimos tempos. Neste quesito, as provocações seguidas do americano obtêm um grande espaço dentro da obra. Falastrão, Sonnen surge como o vilão da história, baseada na superação de um jovem humilde que conquistou fama e glória por intermédio do esporte.
 
Dois momentos especiais "rebaixam" Anderson Silva do status de ídolo. Trabalhador e dedicado nos treinos, o brasileiro lesiona a costela e não esconde a dor e o receio, fraquezas incomuns para um atleta deste nível - tal lesão foi motivo de polêmica por parte do americano, que acusou o dono do cinturão de "fingir" para evitar o tão esperado confronto.
 
Geralmente calmo e dono do controle psicológico em um combate, Anderson Silva mostra irritação em entrevista por telefone para a divulgação do evento.
 
Afastado da família, o brasileiro adota um comportamento - de respostas curtas, na maioria das vezes monossilábicas - que constrange até o manager Ed Soares.
 
O empresário do lutador, inclusive, recebe uma ligação de Dana White, presidente do UFC, ameaçando o campeão de demissão em caso de derrota.
 
O machucado na costela e a pressão extra de demissão, contudo, servem de base para a recuperação de Anderson Silva, consagrada depois da vitória duríssima, conquistada apenas no quinto round, por finalização.

O retrato da manutenção do título depois de tantas dificuldades, contra o adversário mais polêmico da carreira, deverá servir para popularizar ainda mais o atleta e "esquentar" a rivalidade entre Anderson e Sonnen, que, no próximo mês de junho, novamente dividirão o octógono, no Brasil, para a disputa do cinturão dos médios.

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Fonte: Terra

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