Após suposto plano de doping, espanhol é cortado da Olimpíada

Foto: Getty Images

Um dia após ser divulgado um suposto plano de dopagem em que estaria envolvido, o espanhol Ángel Mullera foi excluso da Olimpíada de Londres. A Real Federação Espanhola de Atletismo (RFEA) comunicou a decisão nesta sexta-feira, substituindo o atleta por Sebastián Martos, que também tinha o índice para participar da prova de 3.000 m com obstáculos.

Em seu site oficial, a RFEA informa que "esta decisão é independente da incoação de um expediente disciplinário, acompanhado de suspensão cautelar". O motivo citado é a "presunta falta contemplada" no regulamento antidoping da entidade. O comitê de disciplina esportiva ainda "está avaliando" se dará alguma punição ao esportista.  

Na quinta-feira, o jornal esportivo de Madri As publicou e-mails que Mullera teria trocado com um preparador em agosto de 2011. Segundo o diário, o preparador, o qual não é identificado, recomendou ao corredor produtos proibidos como Mircera e Dynepo, dois tipos de EPO (eritropoietina, ou doping sanguíneo), substância destinada a aumentar os níveis de glóbulos vermelhos no sangue.  

Na ocasião, o periódico lembrava ainda que o atleta, depois de uma lesão que o obrigou a parar durante o inverno europeu, "voltou a competir no último dia 8 de julho em Mataró (na província de Barcelona). Como um tiro fez 8min17s90. Conseguiu o incide mínimo A e o bilhete para Londres".  

Mullera, 28 anos, foi campeão espanhol dos 3.000 m com obstáculos em 2010. No Mundial de 2011, o espanhol ficou no 22º lugar na mesma prova e, com o tempo de 8min31s83, não conseguiu a classificação à final. O evento foi vencido pelo queniano Ezekiel Kemboi, que cravou 8min14s85.  

Na mesma quinta-feira, Mullera utilizou o Twitter para se definir "tranquilo" quanto às acusações. "Depois de falar com os organismos e as autoridades competentes, darei minha versão dos fatos para esclarecer tudo a respeito disso", escreveu. Ele ainda admitiu à Catalunya Radio que foi contatado sobre um possível plano de dopagem, porém ressaltou que não aceitou a oferta, negando ter feito uso de alguma substância proibida.

Segundo a agência Europa Press, fontes do Comitê Olímpico Espanhol (COE) apontaram que o corredor não deu positivo nos testes antidoping de urina e sangue aos quais se submeteu antes da Olimpíada de Londres. De qualquer forma, ele acabou cortado da competição que será realizada entre 27 de julho e 12 de agosto.

Fonte: Terra

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