Chávez nega convite de Dilma e continuará tratamento contra câncer em Cuba

Foto: Cuba Debate/Promocional

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta sexta-feira ter solicitado permissão do Parlamento para viajar a Cuba a partir de sábado, para dar continuidade ao tratamento médico contra o câncer, que vai incluir, a partir de agora, sessões de quimioterapia.

"Solicito autorização para ausentar-me a partir de sábado, 16 de julho, para prosseguir, em Havana, o tratamento necessário para a plena recuperação de minha saúde", declarou à imprensa, lendo o texto enviado ao Parlamento.

"Esta segunda etapa começará nos próximos dias com aplicação de quimioterapia e tenho certeza que a segunda etapa contribuirá para continuar pelo caminho da recuperação", disse Chávez, após agradecer à equipe de médicos cubanos e venezuelanos que o assistem.

Hugo Chavez, 56 anos, líder da esquerda radical latino-americana, foi operado no dia 20 de junho de um tumor canceroso na região pélvica, em Havana, onde permaneceu um mês antes de retornar ao país, na semana passada.

Chávez lembrou que a primeira fase do tratamento implicou em sua permanência fora do país durante praticamente um mês, mas do que o previsto, com uma permissão que lhe tinha outorgado então a Assembleia Nacional para realizar uma viagem que o levou a Brasil, Equador e Cuba.

"Agora devo prosseguir o caminho rumo a esse longo retorno", disse o presidente, ao destacar: "esta vontade de viver, de viver para nosso povo, viver para minhas filhas, meus netos, viver para mim mesmo".

Na carta, Chávez assinalou que solicitava sua autorização para sair do país baseando-se no previsto na Constituição do país. "Meu senhor Jesus Cristo me inspirou a humildade e o povo soberano cunhou em mim a convicção que é necessário viver e é necessário vencer. Viveremos e venceremos", afirmou o governante ao concluir a carta.

Desde seu retorno, o presidente do primeiro país exportador de petróleo latino-americano, apareceu brevemente várias vezes na televisão, para tentar fazer calar os rumores de afastamento da chefia de Estado. Os jornais dizem que ele sofreria de câncer no colo ou de estômago.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que passou por um processo de cura de um câncer linfático, antes da posse no dia 1º de janeiro deste ano, chegou a oferecer ao dirigente venezuelano a possibilidade de se tratar no hospital Sírio-libanês de São Paulo.

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Fonte: Terra