domingo, 25 de setembro de 2011

Médico do COB diz que educação é chave contra doping involuntário

Foto: Vagner Magalhães/Terra
Antes de trabalhar como médico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Roberto Nohan, 34 anos, foi atleta do remo. Para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, ele passará mais de um mês na cidade de San Luis Potosí, local escolhido pelas delegações de atletismo, natação, taekwondo e triatlo para a aclimatação à altitude.
 
Qualquer problema médico que os cerca de 110 atletas vierem a ter durante a preparação passará pela sua sala, instalada no Centro Deportivo La Loma, a casa brasileira em Potosí. Além da altitude, a prevenção contra o doping involuntário faz parte da sua lista de preocupações.
 
A estrutura para a recuperação de atletas do Brasil em Potosí conta com o médico, dois fisioterapeutas e dois massoterapeutas.
 
O fato de ter sido atleta, segundo ele, ajuda no diálogo com quem ainda está na ativa. "A gente conversa com o atleta de igual para igual e o atleta consegue entender um pouco mais o nosso argumento. Em relação ao doping, ao longo do tempo, o atleta tem nos procurado mais e cada vez mais a gente vê menos o uso sem querer. Ainda não é o ideal, por isso que estamos trabalhando".
 
De acordo com ele, o comitê olímpico mantém um livreto que tem a orientação oficial, com informações bastante objetivas e em linguagem informal, muito fácil de ser entendido.
 
"Isso serve para que o atleta não faça de propósito e entenda as sanções para o de propósito. E que mais ainda não faça sem querer. Com o apoio do Comitê, várias federações também dão aulas sobre o tema. Existe uma forma de educação continuada. Essas aulas mostram que a medicação por conta própria causa problemas. Temos um canal aberto para o diálogo com eles", afirma.
 
O médico diz ficar com o celular ligado 24h por dia para sanar qualquer tipo de dúvida. "Consciente, seja em que situação for, o atleta, se tiver dúvida, vai sempre consultar o médico. O doping, involuntário ou não, acaba deixando marcas na carreira".
 
Dois atletas que vicenciaram o problema, com desfechos diferentes, estarão treinando em Potosí. Em 2003, às vésperas do Pan-Americano de Santo Domingo, na República Dominicana, o controle antidopagem encontrou a presença da substância Clostebol em uma análise da atleta do salto em distância Maurren Maggi.
 
Ela alegou ter utilizado um creme cicatrizante sem saber da presença da substância, que é a primeira na lista de proibições da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF).
 
Suspensa por dois anos, ficou fora do Pan e dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004. Em 2008, em Pequim, tornou-se campeã olímpica da prova.

Neste ano, Cesar Cielo campeão olímpico de natação em Pequim na prova do 50m livre, escapou de punição ao ser julgado pela Corte Arbitral do Esporte pelo uso da substância furosemida.

 O Tribunal entendeu que o atleta não foi culpado nem negligente no caso de doping. Nicholas Santos e Henrique Barbosa receberam a mesma sentença.

 Vinícius Waked foi suspenso por um ano por ser reincidente. Na sua defesa, Cielo alegou que a contaminação foi acidental e que não houve ganho de rendimento.

Uma cápsula de cafeína teria sido mal manipulada pela farmácia responsável e a substância ingerida de maneira não intencional.

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Fonte: Terra

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