Foto: Facebook/Divulgação |
A família da vítima também será ouvida no inquérito, que foi já instaurado. Ontem, durante as primeiras horas do velório, um dos parentes informou que os médicos chegaram a suspeitar de que João Victor tenha sido vítima de um aneurisma, e considerou superficiais os exames feitos para admissão em academias. O adolescente, que era filho único, foi descrito por familiares como um rapaz forte, saudável, sem vícios e religioso. Colegas informaram que ele ainda não havia começado a lutar quando passou mal.
Porém, segundo investigadores, por enquanto a delegada responsável pelo caso conta oficialmente apenas com o relatório de remoção do corpo do jovem do Hospital das Clínicas, para onde foi levado. No documento, os médicos atestam que o adolescente desmaiou, aspirou o próprio vômito e morreu depois de praticar exercício físico.
Localizado por telefone pelo Estado de Minas, Alexander dos Santos informou que a academia é registrada no Conselho Regional de Educação Física e que tem alvará de localização e funcionamento da Secretaria Municipal de Regulação Urbana. “Tudo o que a gente tinha que fazer pelo aluno a gente fez. Quando cheguei à academia ele estava passando mal, e chamamos os bombeiros e o Samu. Ele estava consciente e vomitando”, disse Alexander. “Estamos todos muito abalados com o que aconteceu. Fechei a academia em sinal de luto. Ele estava com a gente havia um ano e era muito querido por todos. A família me pediu para não falar mais nada”, disse Alexander.
A Stillus funciona há três anos e meio no quarto andar de um prédio comercial no Bairro Mantiqueira, Região de Venda Nova. Além de muay thai, oferece aulas de jiu-jítsu, tae kwon do, MMA e outras artes marciais, além de dança de forró e ginástica para a terceira idade. Alexander é dono também de uma loja de presentes e de uma lan house no mesmo prédio. Os funcionários foram orientados a não comentar a morte de João Victor.
O dono da academia disse que os professores são registrados no Conselho Regional de Educação Física, mas argumenta que o professor de muay Thai, identificado como Welbert, não precisaria de licença para ensinar artes marciais, embora afirme que o profissional é formado em educação física.
Já Welbert disse que o adolescente era acompanhado por vários profissionais nas aulas, inclusive por ele próprio, mas se recusou a comentar o episódio. O corpo de João Victor foi sepultado na manhã desta quarta-feira no Bosque da Esperança.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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