quinta-feira, 14 de março de 2013

Seletiva de remo divide espaço com peixes mortos em raia olímpica da Rio-2016

Fonte: Arquivo Pessoal
Os atletas que disputam a seletiva nacional para a formação da seleção brasileira de remo na lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio, dividem espaço, desde ontem, com milhares de peixes mortos. No local, que é raia olímpica para os Jogos de 2016, já foram retiradas 65 toneladas de peixes, sendo 33 toneladas só na quarta-feira.

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Rio, a mortandade foi causada pela quantidade excessiva de matéria orgânica na lagoa, material este que foi levado pelas fortes chuvas que atingiram a cidade na última semana.

A expectativa é que no fim de semana, quando serão disputadas as finais da seletiva, a lagoa Rodrigo de Freitas esteja em melhores condições.

Na noite de domingo (10), uma forte chuva atingiu a cidade e carregou para a lagoa grande quantidade de carga orgânica (lixo, esgoto e folhas), o que pode ter provocado a redução do oxigênio da água e a mortandade.

O ambientalista Mário Moscatelli afirmou à que alertou a organização das Olimpíadas sobre a qualidade da água da lagoa. Ele disse ainda que vai encaminhar uma representação ao Ministério Público do Rio para que a contaminação possa ser investigada.

Segundo ele, a secretaria falhou ao não retirar os peixes da lagoa quando eles ainda estavam vivos. "Agora eles são apenas lixo, quando poderiam ter sido aproveitados por pescadores", disse.

O grupo EBX, do empresário Eike Batista, mantém na lagoa Rodrigo de Freitas um programa de despoluição em parceria com entidades estadual e municipal.

A Secretaria de Meio Ambiente do Rio afirmou que a oxigenação da água, por meio de abertura de comportas para entrada da água do mar, só foi possível por duas horas (das 3h às 5h do dia 13) na quarta-feira por causa da maré baixa. A secretaria afirmou ainda que planeja uma ação de pesca na lagoa para reduzir a quantidade de peixes e novas mortandades.

Fonte: Folha de S. Paulo
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